Em algum lugar desse mundo, existia um ser feio. Ninguém o conhecia por nome algum, somente por "ser feio", aquele que não tinha sentimentos, o frouxo.
Certa vez, esse ser feio cheio de amor em uma atitude com a qual quisera mostrar seu amor, saiu em busca de algo que pudesse surpreender a quem ele tanto amava. Rodou vários mundos em busca de algo que pudesse retratar bem o que de veras sentia, não importava o tamanho nem o valor, queria-se. Pobre ser feio, em um mundo estranho e distante encontrou um vaga-lume, único, inigualável. Rodou aquele mundo todo na tentativa de prender aquele bichinho. Se foi.
Com alegria nos olhos, voltou para o seu mundo, encontrou quem tanto amava e não acreditou...
Durante todo esse tempo, quando com as mãos fechadas, como quem segura bem forte a um grande tesouro, eu nada encontrei além do meu amado cercado por borboletas, bailando sem pesar... foi trágico, eu corri os mundos em busca de algo único e ele tão acostumado com o belo, preferiu o convencional... ele que não sabe que a beleza acaba, que as borboletas voam pra longe e que o amor nem sempre é paciente.
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