sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Ontem a noite (Ensaio de sofrer)

Ontem a noite no meio da multidão, apenas o teu corpo brilhava.
Ontem a noite no meio da multidão, eu apenas olhava.
Embalava-me em teu mais profundo segredo
Despertava em mim, o mais perfeito desejo.
Sacramento infinito e infame.
Em tua mente, um plano maligno.
Que diabos teria tu contra mim?
Da tua boca, mel eu comia
Dos teus olhos, fel eu bebia.
Amantes apenas no desejo
Distantes e um mundo singular
Descontentes entre o amar e o odiar
Rua estreitas nos aproximam,
Destinos incoerentes nos separam.
Vivo a tortura de não esquecer
Temo não mais viver.
Temo em uma noite escura
quando sozinho estiveres,
não mais encontre na multidão insolente,
o meu olhar inocente.
Temo não estar aqui quando teus olhos me procurarem,
e temo, mas como temo ver teus olhos chorando em um adeus eterno. 

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