Quando eu nasci os elefantes azuis ainda tinham asas, voavam todos os dias e me convidam para voar com eles, mas eu não tinha asas. Na verdade, eu tinha medo de aprender voar e não querer mais voltar pro mundo que não era meu. Então, em uma tarde chuvosa, eu acendi a lareira e sentei para me aquecer. Um desses amáveis elefantinhos voadores e azuis (nunca esqueçam a cor deles) pousou lentamente ao meu lado e me convidou para voar com eles para um lugar bem longe, onde a imaginação ia além de voos e rasantes, onde ninguém me acordaria em meio a um sonho, enfim, um lugar onde se voa com os pés descalços de qualquer lembrança má. Eu não pude aceitar o seu convite, eu não pude voar. Eu sei, eles disseram que independente de onde eu estiver ou de quanto tempo passar, eles sempre estarão ali ao meu alcance. É só chamar. Algum tempo já se passou e eu ainda estou sentado em frente a lareira e ainda me arrependo de não voar, de não ter deixado este mundo ilusório e partido para o meu mundo, minha imaginação, me arrependo de não ir com os meu elefantes azuis para um mundo melhor.
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