domingo, 5 de setembro de 2010
bom comportamento, não seja feio.
Um ponto no escuro indicava por onde se devia andar. As fotos na parede indicavam que alguém por aqui havia passado, a sua imagem em minha mente mostra que as lembranças ainda estão vivas e que não há bons ou mals momentos. Eu poderia simplesmente me afastar, correr e esconder-se, mas não, eu teimo, eu fico, eu volto e amo essa coisa de voltar e voltar e sentir e abraçar e se afastar e voltar e perdoar. Sem noção do tempo, sem noção do perigo, eu sigo, sem medo, com medo, com frio, com fogo dentro do corpo. Fotos me lembram que você ainda é o mesmo, ainda é pequeno e ainda é ingênuo. Ah, sua inôcencia, sua aparencia, o beijo e a flor, o cravo e a rosa e a velha história da sacada, os feridos e machucados, quem sabe se não fosse assim eles não seriam tão belos e as suas cores tão sedutoras, flash, eu viro e vejo, eu sinto e percebo que você está por perto e tão longe que não posso tocar, tão alto que os meus braços não alcançam e a musica que antes tocava agora fica na penumbra, fica no vazio, fica quieta, calada. Não há luz ao redor a cidade dorme e pela janela entra uma brisa como se tudo fosse vazio, e de fato, minh'alma assim está, vazia, pobre e nua, nessa cama não há nada além de mim e mim mesmo, na verdade, só há um corpo, um livro e o violão. É saudade, é cansaço, é vazio, eu não sinto o vento. Sentado, as paredes parecem ser mais fortes que o comum. Nessa noite, não há nada além do corpo, do livro e do violão. Onde está o meu bom comportamento?
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